sexta-feira, 14 de julho de 2017

EM ASSEMBLÉIA GERAL, SERVIDORES DA EDUCAÇÃO DA REDE MUNICIPAL ACEITAM REAJUSTE SALARIAL E ANUNCIAM RETORNO ÀS AULAS NESTA QUINTA FEIRA(13)

Os servidores da rede municipal de educação, em greve há cinco dias decidiram suspender o movimento e retornar ao trabalho nesta quinta(13/07). 

A decisão foi tomada pela maioria absoluta em assembleia geral da categoria realizada na tarde desta quarta-feira, 12 de julho, no auditório do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre - SINTEAC. 

A diretoria do SINTEAC apresentou a proposta enviada pela Prefeitura que oferecia um reajuste linear de 6% todos os trabalhadores em educação, sendo 3% (três por cento) reajustado a partir deste mês de julho e os outros 3% (três por cento) em janeiro de 2018, assim também como a suspensão e reavaliação das medidas de ajuste administrativos relacionadas aos servidores em educação e a criação de uma Comissão Permanente de Trabalho e diálogo entre Prefeitura e SINTEAC para encaminhamentos de outras pautas definidas pela categoria.
O secretário de comunicação João Maciel abriu a assembleia falando sobre a aprovação da Reforma Trabalhista pelo senado e os prejuízos que acarretarão quanto as direitos dos trabalhadores em educação. "A Reforma Trabalhista faz parte do conjunto de medidas que o atual governo golpista de Michel Temer quer impor à população. Num cenário de crise econômica, a retirada de direitos dos trabalhadores possibilita para os patrões que seus lucros sejam garantidos. Precarizar as relações de trabalho é a única saída que o atual governo apresenta. Mostra, com isso, que faz uma nítida escolha: está do lado daqueles que nos exploram e nos oprimem. Ao defender seu projeto de destruição de direitos, o governo fala em “modernização”. Diz que é necessário flexibilizar as Leis Trabalhistas para que o Brasil acompanhe o desenvolvimento global. Mas o que eles não revelam é que esta “flexibilização” significa, na verdade, um tremendo retrocesso em relação às conquistas que a classe trabalhadora em luta obteve ao longo dos anos" disse Maciel.

O presidente Lauro Benigno fez um relato da data-base explicando sobre os índices de aumento do FUNDEB em relação ao ano passado, ressaltando que sempre temos que colocar as informações verídicas e agirmos de forma séria e justa. 
A funcionária de escola Cecília Paz disse que foi uma vitória dos trabalhadores em educação. "Não é o que merecemos, mas nesse momento é o que podemos aceitar. O fato da suspensão das medidas que retiram alguns direitos dos trabalhadores em educação, principalmente dos funcionários de escola que já ganham pouco com essa reposição já é uma vitória. Não adianta radicalizar em uma situação que não há mais como avançar," disse Cecília.
O professor José Sena se manifestou contrário a contraproposta propondo medidas mais radicais. "Não podemos aceitar essa proposta vergonhosa que estabelece um sistema como se fosse um crediário com esse percentual. Poderemos manter as férias suspendendo a greve e depois do período de férias já previamente estabelecido voltaremos com o movimento grevista, ocupando a Prefeitura e a SEME," disse José Sena. 
De acordo com o presidente do Sinteac Professor Lauro Benigno, a suspensão do movimento nesse momento para retornar as aulas foi uma decisão inteligente e estratégica da categoria. “Estamos numa guerra constante e travamos várias batalhas onde recuamos em algumas e avançamos em outras. Estamos tendo uma reposição de 6%(seis por cento) onde o FUNDEB em relação ao ano de 2016 cresceu 6,6%. Nosso último aumento na administração anterior foi de apenas 3%. Não é o que queremos, mas também não foi como a prefeitura quis que inicialmente disse não dar nenhum percentual de aumento. Existem momentos em que é preciso a gente recuar e se reorganizar para continuar lutando”,disse o presidente.

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